No conto, criado nos primeiros meses do isolamento social em 2020, Tozi descreve o cotidiano de um artista que, recluso em casa, se abala ao ver uma reportagem na TV sobre um peixe predador que respira fora da água e que é capaz de matar os outros peixes do lago. Na peça, Airoldi faz uma analogia entre o peixe predador e o homem (vivido por Tozi) que está confinado num bunker: ele se contrapõe aos fatos ocorridos no Brasil da pandemia e, antes que termine seu último tubo de oxigênio, registra suas impressões sobre o mundo e a humanidade.