Maria do Caritó é uma solteirona, moradora do interior nordestino e que sempre, em junho, faz promessas a Santo Antonio para arrumar um namorado e, para isso, tenta, sem sucesso, apanhar uma bandeirinha no topo de um pau de sebo. Porém, ela foi jurada pelo pai a um santo pouco conhecido, Santo Djalminha, e, por isso, não pode se casar em vida. Até que chega à cidade um circo que precisa de uma nova estrela, já que está às mínguas e a anterior simplesmente se mandou. É quando o artista principal da trupe resolve se valer do seu poder de sedução. O espetáculo, aliás, começa com uma narração em off de Lilia Cabral especificando que caritó é, na cultura popular nordestina, uma pequena prateleira no alto da parede, ou nicho nas casas de taipa, onde as mulheres escondem, fora do alcance das crianças, o carretel de linha, o pente, o pedaço de fumo, o cachimbo. E assim, a moça que ficou no caritó é aquela que ficou na prateleira, sem uso, esquecida, guardada intacta.